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domingo, 26 de junho de 2011

PAI... APESAR DE TUDO, EU TE AMO!




Um filho resolveu ir embora de sua casa, muito magoado com seu pai.
Antes de sair de madrugada de casa, ele escreveu uma carta ao seu pai e a deixou em cima da mesa de centro da sala.

Na carta dizia:

Pai,
estou indo embora de casa, pois não consigo mais conviver com o senhor.
Não se preocupe, não estou na rua.
Viajei para a Austrália onde irei viver agora,
pois fui selecionado para trabalhar numa rede de hotéis na cidade de Brisbane.

Não te contei antes porque na verdade eu não ia aceitar este emprego, pois eu ainda acreditava no meu sonho de trabalhar com o senhor. Mas como o senhor recusou meu pedido, resolvi ir.

Sabe pai,
embora eu tenha estudado muito na minha vida e me formado em administração, tudo foi apenas numa tentativa de fazer com que o senhor se orgulhasse de mim, mas na verdade,
sou apaixonado por fazenda, gado e cavalos, assim como o senhor.

Mas, infelizmente meu pai...Infelizmente o senhor sempre me desprezou,
nunca parou pra me ouvir. Na unica vez que eu disse que
queria trabalhar com o senhor, quando eu tinha 11 anos,
o senhor não demonstrou o minimo estusiasmo com a idéia.

Mas eu segui crescendo com este sonho, pois pensava que
um dia o senhor iria envelhecer e iria precisar de mim, de um braço direito.

Sabe pai, sempre procurei fazer de tudo para ser um filho perfeito,
pois sempre te amei muito, e admirava tudo que o senhor fazia.
Tirava boas notas no colégio, fazia lanches pro senhor jantar,
lavava seu carro e deixava de jogar bola pra assistir o senhor jogar,
fazia isso e muito mais pra lhe agradar, e quem sabe receber um elogio.

Mas o senhor seguia com seu jeito frio de ser, sem nunca demonstrar
carinho por mim

O dia que mais me surpreendeu, foi uma vez que eu estava
passando pela praça da igreja, e vi um pai dar um beijo no rosto
do seu filho. Na hora a única coisa que me veio na cabeça foi que o senhor só faria isso comigo se um dia
eu estivesse morto.

Enfim, quero que saibas que vou deixá-lo em paz agora, pois sei que o senhor não vai ser menos feliz por causa de minha ausência, pois parece-me que nunca fiz diferença na
sua vida.

Adeus pai.

Passaram-se 7 anos que o rapaz fora embora para a Austrália. O pai nunca procurou o filho,
nunca ligou nem em datas comemorativas. E o filho
fez a mesma coisa. Seguiu sua vida sem saber notícias do pai.

Certo dia o telefone de sua casa toca, coisa rara de acontecer,
pois mesmo vivendo na Austrália já há 7 anos, tinha poucos amigos.

Mas na verdade era a sua mãe, divorciada de seu pai já há muito tempo,
e a única que sempre o ligava para saber como estava.

Na ligação a sua mãe contou que as coisas não estavam indo muito bem pois o seu pai estava muito doente, com insuficiência renal e precisava, urgentemente, de um rim para sobreviver.
O filho mesmo recebendo durante toda vida a indiferença do pai, não exitou em ajudá-lo. Por que o amava muito. E naquele momento falou para sua mãe que estaria lá o mais rápido.

No dia seguinte, chegando ao Brasil, o filho já providenciou
logo os exames para ver se realmente era compatível.
Resultados estes que deram positivo, e sem pensar em si mesmo
e nos riscos resolveu doar um de seus rins para salvar seu pai.

Pouco antes da cirurgia, o filho foi finalmente vê-lo, pois
na correria não havia feito isso ainda. Chegando no leito onde o pai
estava, o rapaz ficou com um aperto enorme no peito, de vê-lo
num aspecto tão doente e tão debilitado.

O pai disse:
-O que você faz aqui?
-Oi pai. Eu vim enfrentar está batalha com o senhor. Vai dar tudo certo ok.

E saiu da sala, sem dizer que já havia um doador e que o doador era ele.

Enfim,
O transplante foi realizado com sucesso.
E ambos se recuperavam bem.

O filho, já bem mais recuperado, comunicou a mãe que já precisava
voltar para a Austrália, e que não iria se despedir do pai para
que ele não soubesse de nada a respeito do transplante.

Pediu apenas que a mãe deixasse um bilhete ao lado da cama onde o pai dormia.

Quando o pai acordou no dia seguinte, viu o bilhete e leu o que estava escrito:

Pai,
Saber amar também é coisa de homem.
Te amo!

Neste período era inverno na Austrália, e chovia muito.
Como seu sistema imunológico estava fraco por consequência
da cirurgia, o filho facilmente contraiu uma gripe.

O problema é que ele piorou e acabou sendo internado
com suspeita de pneumonia. E realmente a gripe dele
havia avançado para isso.

Duas semanas depois sua mãe recebe uma ligação,
do consulado brasileiro na Austrália, comunicando
que seu filho não resistiu e acabou falecendo.

A mãe, em prantos, ligou para seu ex-marido comunicando
a morte do filho deles. E em meio ao desespero e da dor, a mãe
ligou solicitando o encaminhamento do corpo de seu filho para realizar o sepultamento aqui no Brasil.

Durante o enterro, o pai se mostrava forte,
se esforçando para não desabar.

Eis que na hora em que o pai se aproxima do caixão
para se despedir, a mãe chega perto dele e fala:

Uma parte dele ainda está viva. E está dentro de você!
O rim que você recebeu, era dele!

E a mãe sai de perto, enquanto que o pai, em estado de choque,
desaba no choro. Ficou mais de uma hora chorando ao lado do
corpo do filho, acariciando seus cabelos e dando beijos
em seu rosto.

Provavelmente, não somente pela perda de um filho que salvou sua vida,
mas também pela perda da pessoa que mais o amou,
de um filho que o amava incondicionalmente.

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