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domingo, 28 de agosto de 2011

No fundo do poço...E agora?




Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda.

Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho poço abandonado.

O poço era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o cavalo de lá.

O fazendeiro foi rapidamente até o local do acidente, avaliou a situação, certificando-se de que o animal não se havia machucado. Mas, pela dificuldade de alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na operação de resgate. Tomou, então a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.

Os empregados, comandados pelo capataz, começaram a lançar terra pra dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo. Mas, à medida que a terra ia caindo em seu dorso, o animal a sacudia e a terra ia se acumulando no fundo, possibilitando o cavalo subir.

Logo os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que finalmente, conseguiu subir!!!



Medite:

Se você tiver "lá em baixo", sentindo-se pouco valorizado, quando, certos de seu "desaparecimento", os outros jogarem sobre você terra da incompreensão, da falta de oportunidade e de apoio, lembre-se do cavalo desta historia. Não aceite a terra que jogarem sobre você, sacuda-a e suba sobre ela.

E quanto mais jogarem, mais você vai subindo, subindo, subindo...


domingo, 21 de agosto de 2011

Espere e Verás


Ele era jovem e bonito. Fruto de uma longa espera por um grande amor, o favorito de seu pai. Sonhou que seria grande, mas foi humilhado quando compartilhou seu sonho com aqueles que amava.
Então perguntou:
- Por que, Senhor?
E o Senhor respondeu:
- Espere... e verás.
Os dias se passaram. Um novo sonho foi o bastante para que tentassem calar a sua voz, matar suas esperanças. Vendido como escravo, levado para uma terra desconhecida, afastado de seu lar, ele perguntou mais uma vez:
- Por que, Senhor?
E mais uma vez o Senhor respondeu:
- Espere... e verás.
Adquirindo a confiança de seu senhor, tudo pareceu melhorar. Afinal, mesmo em terra estranha, ele havia prosperado. Mas ele não sabia que seus encantos iriam levá-lo a uma nova humilhação. Assediado por sua senhora, recusou-se a pecar contra Deus e pagou alto preço. Desta vez, a prisão. Sem direito a nada, nem ao menos defender-se, ele não se desespera, mas pergunta:
- Por que, Senhor?
A resposta ainda é a mesma:
- Espere... e verás.
Seu dom de interpretar sonhos é o instrumento que Deus usa para livrá-lo daquela situação. Frente a frente com o rei, ele é então promovido a governador, como prova de confiança e agradecimento pelos serviços prestados. Mas, mesmo diante de tanta glória, não se envaidece, e humildemente muda a pergunta:
- Para que, Senhor?
Só para ouvir ainda mais uma vez:
- Espere... e verás.
Chega o dia do confronto: de um lado, aqueles que o desprezaram e humilharam, do outro ele, jovem bonito, homem feito, com o poder nas mãos. Nada mais importa. O passado é esquecido, a outra face é dada. A esperança renasce com a alegria da reconciliação. Os questionamentos têm fim com uma única certeza:
- Foi para salvar vidas que o Senhor me enviou...
No Velho Testamento, essa é a história que mais me encanta. Fico fascinado ao perceber que José tinha um propósito: agradar a Deus, não importa o que acontecesse. Ele não sabia do propósito de Deus, mas descansava nEle, confiando sempre que o Senhor o estava direcionando para o cumprimento desse propósito. Muitas vezes (ou, quase sempre), nós nos desesperamos, queremos respostas imediatas, soluções "pra ontem".
Descarregamos em Deus toda nossa frustração por não obter tudo no tempo que é hoje, agora.
Mas Deus, pacientemente, nos responde:
- Espere... e verás. Essa espera depende de confiança plena. Crer que o Senhor usará tudo para o nosso bem, muito embora as circunstâncias provem o contrário.Que o exemplo de José nos inspire a confiar em Deus todo o tempo, certos de que Ele sempre nos ouve e responde, seja SIM, ou NÃO, ou, simplesmente... ESPERE!!


Gênesis cap 37 a 48.

domingo, 14 de agosto de 2011

De Pai Para Filho








O pai entrou de mansinho no quarto do filho que dormia tranqüilamente e falou como quem tinha muito a considerar:

- Escute meu filho: digo isto, enquanto você dorme aí com a mão sob o rosto e os cabelos pregados na testa úmida.

- Há poucos minutos, lendo o meu jornal, fui tomado de intenso remorso. Inquieto, vim para perto do seu leito.

- Eis o que eu pensava, meu filho: fui implicante com você; repreendi-o quando se vestia para a escola e porque não lavara o rosto com cuidado.

- Falei com aspereza por causa dos sapatos sujos. Gritei, zangado, quando deixou suas coisas no chão.

- Ao café, de manhã, achei pretexto também para resmungar. "Você derrama leite na toalha; devora em vez de comer; tinha os cotovelos sobre a mesa; punha manteiga demais no pão."

- E, quando saímos, você para brincar e eu para tomar o ônibus, você voltou-se, deu adeus com a mão e gritou: "até logo paizinho!" Fechei a cara e, como resposta, disse: endireite os ombros!"

- Depois, tudo começou à tarde. Quando vinha pela rua vi-o, de joelhos no chão brincando; suas meias estavam furadas: humilhei-o diante dos colegas, mandando que seguisse à minha frente, para dentro de casa. "As meias são caras e se você tivesse que comprá-las teria mais cuidado."

- Imagine, filho, ouvir isso de um pai!

- Lembra-se quando, mais tarde, eu lia na sala e você entrou timidamente, com um traço de mágoa no olhar? Levantei o jornal, impaciente pela interrupção, e você hesitou na porta. "Que é que você quer?" Rosnei.

- Você não disse nada, mas correu pela sala e, num pulo rápido, atirou-se sobre mim, me abraçou, me beijou e os seus bracinhos me apertaram com o amor que Deus fez florescer no seu coração e que nem a minha negligência conseguia reprimir.

- Bem, filho, foi pouco tempo depois disso que o jornal me escapou das mãos e o meu espírito se sacudiu por uma preocupação terrível: "que será de mim, se me escravizo a este hábito de viver xingando, estar sempre repreendendo?"

- É a única recompensa que lhe dou por ser um menino sadio? Não é que não o ame; é que queria exigir demais. Media a sua juventude pelo gabarito da minha idade.

- E há tanto de bom, de excelente e verdadeiro em seu caráter!

- O seu pequeno coração é tão amplo como a própria aurora a descer sobre os morros. - A prova estava naquele impulso espontâneo de vir correndo para me beijar e me dar boa-noite. Nada mais vale esta noite, meu filho.
- Vim para o lado de sua cama, na escuridão, onde me ajoelhei, envergonhado, como uma pequena penitência. Sei que você não compreenderia estas coisas se eu as dissesse enquanto você estava acordado, mas amanhã serei um paizinho de verdade.
- Serei mais que um amigo; sofrerei quando você sofrer; rirei quando você sorrir; morderei a língua quando me brotarem palavras impacientes.
- Direi repetidas vezes, como uma oração: "ele é apenas um menino, uma criança."
- Receio e temo que o tenha tomado por homem. Entretanto, meu filho, contemplando-o agora, encolhido e cansado sobre a cama, convenço-me de que você é apenas uma criancinha.
- Ainda ontem você dormia nos braços de sua mãe com a cabeça apoiada no ombro dela.
- Pedi demais, pedi demais!
Pense nisso!

Aquele pai teve oportunidade de pedir desculpas ao filho por ter sido tão rude, mas, infelizmente, há tantos pais que só se dão conta disso depois que os filhos crescem ou partem para desta.
Alguém disse:
Seja criança com sua criança, e ele será adulto com você!
Deus nos ajude a sermos melhores pais!

domingo, 7 de agosto de 2011

O TREM DA VIDA






A vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais.
Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível....mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.
Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outros encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante a viagem, atravessemos, com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles....só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...porém, jamais, retornos.
Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada
desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Eu fico pensando, se, quando descer desse trem, sentirei saudades....
acredito que sim, me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram..... e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranquila, que tenha valido à pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem.