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domingo, 21 de novembro de 2010

SE EU TIVESSE UMA SEGUNDA CHANCE



Uma mulher que já havia perdido a luta contra o câncer, nos seus últimos momentos de existência escreveu um desabafo que poderíamos intitular: Se eu tivesse uma segunda chance.

Diz mais ou menos assim:
Se eu tivesse minha vida para viver novamente eu falaria menos e ouviria mais. Eu convidaria os amigos para o jantar, mesmo que o carpete estivesse sujo e o sofá desbotado.
Eu comeria pipoca na sala de estar com as crianças e me preocuparia menos com a sujeira, quando alguém pensasse em acender a lareira.
Eu tiraria um tempo para ouvir meu avô contar-me sobre sua juventude e jamais insistiria para que as crianças fechassem as janelas do carro no verão, por causa do meu cabelo, que havia acabado de arrumar.
Eu me sentaria no chão com meus filhos, sem me preocupar com a roupa. Eu choraria menos assistindo televisão e viveria mais intensamente a minha vida.
Eu iria para cama quando estivesse doente, ao invés de agir como se o mundo fosse acabar, caso eu não saísse naquele dia.
Ao invés de ficar reclamando durante os nove meses de gravidez, eu aproveitaria cada momento pensando em como a vida que se desenvolvia dentro de mim era um milagre de Deus.
Quando os meus filhos me beijassem e abraçassem espontaneamente, eu jamais diria: " Mais tarde! Agora vamos lavar as mãos para jantar."
Haveria mais "Te amo"... Mais "Me desculpe", mas, principalmente, se tivesse a minha existência prolongada, eu iria aproveitar cada minuto... Vivê-lo intensamente... E nunca desperdiçá-lo.
Mas isso tudo, era se eu tivesse uma segunda chance...
*   *   *
Aquela mulher não teve sua existência prolongada para refazer o caminho e repensar valores, mas você ainda tem tempo.
Pense na importância de cada minuto e o utilize para construir uma vida mais dedicada a Deus e as pessoas que estão ao seu redor.
Conquiste novos amigos, dê atenção aos já conquistados e conviva mais com os filhos e demais familiares.
Adquira o hábito da ler e ver aquilo que realmente vai ser bom pra você e busque aprender mais sobre Deus através da sua Palavra. Como disse o rei Salomão no livro de eclesiastes: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todos.
Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”.
Viva cada momento de sua existência. Preste atenção no que as pessoas lhe dizem e cuide bem da sua saúde.
Doe um pouco do seu tempo aos velhos abandonados nos asilos.
Dê afeto a uma criança órfã.
Distribua alegria aos que caminham tristes e sós.
Renove as esperanças de alguém.
Não dê tanta importância às aparências exteriores, nem ao que pensam de você.

*   *   *
O dia que amanhece é uma chance a mais que Deus lhe concede para que você viva.

O salmista disse no Salmo118:24
“Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele”.

domingo, 14 de novembro de 2010

OS SINOS NÃO DOBRARAM




O juiz de uma antiga província americana decretou a sentença de morte para um dos seus cidadãos, julgado culpado por determinado crime. A execução foi marcada para quando os sinos da igreja local retinissem, anunciando às 6 horas da tarde.
Tudo já estava preparado. O cadafalso pronto, erguido bem na praça pública, de fronte à própria igreja, de cujos sinos as autoridades aguardavam o repicar, a fim de verem executada a sentença. O condenado, emudecido, sem nenhuma esperança de continuar com vida, humilhado, permanecia passivo, esperando a morte.
Ele não se conformava com aquela execução, uma vez que a julgava injusta e desproporcional ao próprio crime.
Ademais, temia não só pelo fato de ter que deixar a esposa e filhos a quem amava, mas também pelo futuro deles, cujo destino ninguém poderia prever. Que seria dos seus filhos sem os cuidados e a proteção do pai? Que seria da esposa, num mundo hostil, e ainda sem nenhum meio de subsistência? Tudo era assustador.
Na medida em que se aproximava das 18 horas, mais aumentava o medo e a tensão. O tempo corria implacavelmente. Logo os temíveis e sinistros sinos da matriz soariam, anunciando o fim. Verificou-se, no entanto, que embora os relógios já estivessem marcando 6 horas da tarde, os tais sinos não tocavam. Esperaram ainda alguns minutos, e nada.
Afinal, a mando das autoridades, o carrasco foi verificar por que os sinos permaneciam mudos. Chegando no campanário, observou que o homem encarregado de puxar as cordas dos badalos estava trabalhando normalmente, puxando as ditas cordas com toda a força, porém, os sinos não repicavam.
Por fim, subindo ele à torre, até junto dos sinos, qual não foi a sua surpresa ao verificar que lá se encontrava a esposa do condenado, que, desesperada para salvar o marido, estava agarrada ao pesado badalo de um dos sinos, e com a corda do outro, enrolada em seu próprio corpo. Suas mãos, já ensangüentadas, ficaram maceradas pelas batidas do badalo. Assim, ferindo-se voluntariamente, impedindo que os sinos repicassem, aquela mulher fez um grande sacrifício, com a única intenção de salvar o marido.
Tão logo soube dos fatos, bem assim comovido pela demonstração de amor daquela esposa, o governador resolveu conceder o perdão e dar a liberdade para o apenado. Ainda abalada, porém, solidária com a decisão do governador, a multidão que aguardava ansiosa por uma execução em praça pública, agora, saindo às ruas, comemorava o amor que tudo crê, tudo espera, tudo suporta.


“Ao ouvir esta história eu comecei a meditar nas humilhações, nas dores, nos sofrimentos, na morte humilhante de alguém que tudo suportou em nosso lugar. Ah, Senhor, como tu nos amas. Fizeste tudo isso para que pudessemos viver livres para ti e para sempre contigo. Eu sei que tu sentes as nossas dores, as nossas frustrações. Eu sei que vês as nossas lágrimas e o desejo que temos de acertar e de se parecer contigo. Porque Tu nos sondas, Senhor, e nos conhece. As tuas misericórdias são eternas. Tu és fiel” (Silvio Ramos).

domingo, 7 de novembro de 2010

O FERREIRO



   
"Era uma vez um ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua vida a Deus.
Durante muitos anos trabalhou com afinidade, fez boas ações, viveu na presença de Deus, mas, apesar de toda sua dedicação e esforço, nada parecia dar certo na sua vida, muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.
 
Uma bela tarde, um amigo que o visitara, e que se compadecia de sua situação difícil, comentou:
"É  realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de toda a sua crença, nada tem melhorado".
 
 
O ferreiro não respondeu imediatamente.
Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que  acontecia em sua vida. Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, começou a falar e terminou encontrando a explicação que procurava. Eis o que disse o ferreiro:

"Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas. Você sabe como isto é feito?  Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor enorme, até que fique vermelha. Em seguida, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente".

O ferreiro deu uma longa pausa, secou a testa com um lenço e continuou:
"As vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue agüentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria."
 
Mais uma pausa e o ferreiro concluiu:
"Sei que Deus está me colocando no fogo das provações. Tenho aceitado as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é: "Meu Deus, não desista de mim, até que eu consiga tomar a forma  que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser - mas jamais me coloque no monte de ferro-velho, jamais desista de mim, pois eu sei que nas tuas mãos é onde eu quero está".